Porto - "ontem" e "hoje"


Palácio de Cristal

 
O Palácio de Cristal (1865 — 1951) foi um edifício que existiu no antigo campo da Torre da Marca, na freguesia de Massarelos. Inaugurado em 1865, o Palácio de Cristal original acabou por ser demolido em 1951 para dar lugar ao Pavilhão dos Desportos, hoje Pavilhão Rosa Mota.
O Palácio de Cristal, da autoria do arquiteto inglês Thomas Dillen Jones, foi construído em granito, ferro e vidro, tendo o Crystal Palace londrino por modelo. Media 150 metros de comprimento por 72 metros de largura e era dividido em três naves.


Curiosidades:
 
A sua construção iniciou-se em 1861, sendo inaugurado em 18 de Setembro em 1865 pelo rei D. Luís.
Foi concebido para acolher a grande Exposição Internacional do Porto, organizada pela então

Associação Industrial Portuense, hoje Associação Empresarial de Portugal.
Ao longo dos seus 86 anos de existência, o Palácio de Cristal acolheu muitas outras exposições.
O Palácio de Cristal foi ainda um importante espaço de cultura, contendo um órgão de tubos que era dos maiores do mundo.
O palácio foi destruído em 1951, tendo-se erguido no seu lugar uma nave de betão armado, a que foi dado o nome de Pavilhão dos Desportos, a pretexto do Campeonato Mundial de Hóquei em Patins.
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Pavilhão Rosa Mota
 
Anteriormente conhecido por Pavilhão dos Desportos - localiza-se nos Jardins do Palácio de Cristal, freguesia de Massarelos.
Trata-se de um edifício em forma de calote semi-esférica, projeto do arquiteto José Carlos Loureiro. A nave tem 30 metros de altura e as suas bancadas têm capacidade para 4568 espectadores, mais 400 lugares para jornalistas.
 
Curiosidades:
 
O palácio original, inaugurado em 1865, foi construído tendo o Crystal Palace londrino por inspiração. Foi demolido em 1951 para nele se construir o novo recinto projetado pelo arquiteto José Carlos Loureiro.
Em 1952, ainda com a abóbada incompleta, realizou-se no então denominado Pavilhão dos Desportos, o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, em que Portugal sairia vencedor.
Ao longo dos anos, o Pavilhão dos Desportos foi acolhendo, não apenas jogos de hóquei em patins, mas também outros jogos. Aqui se têm realizado também diversas atividades recreativas e culturais. Tal como tinha acontecido com o seu antecessor, o Palácio de Cristal, também o Pavilhão dos Desportos albergou numerosas feiras da Associação Industrial Portuense até à construção da Exponor em 1987.
Em 1991 o Pavilhão de Desportos foi rebatizado em homenagem a Rosa Mota, uma das mais ilustres atletas portuenses.


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Avenida dos Aliados (Jardins ...)
 
 
A Avenida dos Aliados foi traçada pela mão do inglês Barry Parker em inícios do século XIX e

edificada segundo o arquiteto portuense Marques da Silva. Desde logo tomou a designação do
boulevard do Porto. Era o maior espaço público urbano projetado no Porto até então. Tratava-se da avenida central da cidade, de gosto cosmopolita, ladeada por fachadas de edifícios ao gosto beaux-artiano, permitindo a abertura de espaço para a renovação da cidade do porto, uma cidade ainda burguesa. A Avenida dos Aliados é um importante arruamento na freguesia de Santo Ildefonso. Com a Praça da Liberdade ao fundo da mesma e a Praça General Humberto Delgado (mais conhecida por Praça Almeida Garrett, devido presença  de uma estátua da ilustre figura, ícone da Invicta) junto ao edifício da Câmara Municipal, constitui um tecido urbano contínuo.

A imponência do seu conjunto arquitetónico e o seu carácter central fazem dela a "sala de visitas" da cidade, local por excelência onde os portuenses se concentram para celebrarem os momentos especiais.



 Todos os edifícios são de bom granito, muitos deles coroados de lanternins, cúpulas e coruchéus. O eixo da avenida é marcado por uma ampla placa central que, até meados de 2006, era ajardinada e agora está completamente calcetada por paralelipípedos de granito.
Sensivelmente a meio da avenida, de um e outro lado, estão as duas bocas da Estação Aliados da Linha D do Metro do Porto. Foi precisamente a construção das saídas da estação que originou a completa reformulação da avenida, obra que foi entregue ao arquiteto Álvaro Siza Vieira. O projeto ficou envolvido por uma enorme contestação por, desvirtuar a tradição histórica e paisagística do local. Apesar de tudo, a obra, que procurava criar uma continuidade entre a Avenida e a Praça de Liberdade,  foi, nas suas linhas gerais, concretizada. Destruíram-se zonas verdes de grande beleza e uma grande parcela de magnífica calçada portuguesa (pedra de basalto).
 

Curiosidades: A avenida homenageia os países Aliados da Primeira Guerra Mundial.
 
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Estação Ferroviária de Porto-Boavista
 
 
A Estação Ferroviária de Porto-Boavista, mais conhecida por Estação da Boavista, foi uma interface ferroviária das Linhas de Guimarães, Porto à Póvoa e Famalicão e Ramal da Trindade, que servia a cidade do Porto.
 
Curiosidades:
 
O primeiro troço da Linha da Póvoa, desde esta estação até à Póvoa de Varzim, entrou ao serviço em 1 de Outubro de 1875.
Apesar de ser uma das principais estações no Porto, a Boavista encontrava-se demasiado longe
do centro da cidade em si; para resolver este problema, planeou-se a construção de uma nova interface na zona da Trindade, no coração da cidade. Assim, em Janeiro de 1933, já se encontrava em construção o ramal de acesso à futura estação da Trindade, que se iniciava na bifurcação da Boavista, e a via entre a Boavista e a Senhora da Hora já tinha sido duplicada, de forma a conter o tráfego neste troço.
Em 30 de Outubro de 1938, foi inaugurada a Estação Ferroviária de Porto-Trindade , transitando grande parte dos serviços para esta interface, reduzindo consideravelmente o movimento na Boavista.



Muro pintado (Avenida de França)



A pintura, no muro que liga a antiga estação à Avenida de França, está no segundo local que recebeu a iniciativa da Câmara do Porto, que começou por reproduzir fotografias de locais antigos da cidade numa parede em Agramonte.
As reproduções pintadas na Rua de Agramonte e na Boavista inserem-se “num projeto mais vasto”, que tem como objetivo “contribuir para a preservação da memória histórica, patrimonial e coletiva da Invicta”, revela a Câmara, na sua página da Internet.
A ideia da autarquia, ainda liderada pelo social-democrata Rui Rio, é “reproduzir, em alguns espaços públicos e paredes da cidade, pinturas ilustrativas de fotos antigas relacionadas com locais históricos e edifícios emblemáticos do Porto, alguns dos quais já inexistentes”.
 
Curiosidades:
Na parede da Rua de Agramonte, estão reproduzidas a antiga capela do Bom Sucesso e respetiva fonte, a praça de touros que existiu na rotunda da Boavista, o antigo mercado do Bom Sucesso e um plano da Avenida da Boavista.
Para a concretização deste projeto, a autarquia contou com o artista Manuel de Sousa, licenciado em Ciências Históricas e Mestre em Relações Públicas Internacionais.


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Real Coliseu Portuense (Rotunda da Boavista)

 
A cidade do Porto foi palco de inúmeros festejos tauromáquicos durante a idade média, que decorreram com grande fervor nas ruas e praças da invicta até ao século XIX, mas que acabaram por desaparecer com o fim da monarquia pelo desinteresse e repúdio da população portuense em relação ao maltrato injustificado e cruel dos animais.
As touradas começaram a perder fulgor no Porto a partir de 1830, altura em que muito se contestava o espetáculo pelo uso e abuso dos animais. Várias tentativas foram feitas nas décadas seguintes para trazer de volta os touros à cidade mas sempre sem sucesso.
O Real Coliseu Portuense (Rotunda da Boavista) foi a mais imponente e maior praça de touros da cidade do Porto. Acolhia cerca de 8.000 espetadores e possuía 2 restaurantes, camarotes, bancadas, salão de bilhares, cafés e quiosques de venda de jornais, além de dispor de iluminação elétrica. O exuberante redondel foi construído por dois empresários que fizeram fortuna no Brasil, mas 6 anos depois estava ao abandono.



Curiosidades:
No final do século XIX foi realizada a última grande ofensiva para tentar ressuscitar a afición dos portuenses com a construção de duas novas praças de touros na cidade – Rotunda da Boavista e Praça da Alegria – a que se juntaram as praças erguidas na Serra do Pilar (V. N. de Gaia), Matosinhos e Granja.


A Praça Mouzinho de Albuquerque (Rotunda da Boavista)

A Praça de Mouzinho de Albuquerque — popularmente conhecida como Rotunda da Boavista — é a maior praça da cidade do Porto.
Denominada na última década de oitocentos por "Praça de Boavista", o largo, já na altura com forma circular, passou a ser vulgarmente chamada por "Rotunda" desde então.
O nome oficial da praça data de 1903 e é uma homenagem a Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque, uma das mais brilhantes figuras militares portuguesas de finais do século XIX e inícios do século XX e governador-geral de Moçambique em 1896 e 1897.

Curiosidades:
A Praça da Boavista abrigava, desde 1876, a feira de São Miguel que, da Cordoaria, para aí havia sido transferida. A decisão de ajardinar a praça e de erguer no seu centro um obelisco comemorativo da Guerra Peninsular foi tomada alguns anos antes da instauração da República. O Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular, projeto do escultor Alves de Sousa e do arquiteto Marques da Silva, tornou-se no elemento identificador e estrutural desta praça.
No centro da praça está o Jardim da Rotunda da Boavista, de forma circular, que se desenvolve em torno do imponente Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular.
No jardim merecem especial atenção os liquidâmbares, carvalhos, tílias, tulipeiros e algumas palmeiras

 

 
 
 

 
 
 



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